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Etanol e carros elétricos: combinação pode deslanchar

Pesquisas em estágio avançado colocam etanol e carros elétricos na mesma prateleira. Nesse artigo, você vai entender como o biocombustível pode ajudar a tecnologia a finalmente deslanchar.

Antes de mais nada, estamos falando de pesquisas. Não de produtos prontos ou em estágio de pré-fabricação.

Nesse sentido, indústrias e instituições envolvidas ainda estudam a melhor forma de levar esses avanços para o mercado. Uma delas é a Bosch.

Sempre que pensamos em carros elétricos, a falta de autonomia e de uma rede de abastecimento vem à cabeça.

Atualmente, a maioria dos modelos roda menos de 200 km até ser conectados novamente à tomada.

De maneira idêntica, as casas brasileiras e os postos de combustível ainda não estão prontos para a novidade.

Estudos do Ministério de Minas e Energia apontam um alto custo para eletrificar a rede de postos.

Algo em torno de R$ 1,2 trilhão, o que equivale a 16% do PIB nacional.

Dessa forma, o Brasil parece ser um mercado restrito para os modelos elétricos.

A novidade em estudo é o uso de uma mercadoria abundante no país: o etanol.

Empresas e pesquisadores trabalham na elaboração de veículos com células de hidrogênio.

E essas células, que alimentariam o motor elétrico, são geradas por uma reação química do biocombustível.

Em outras palavras, o etanol faz o carro elétrico andar. Com a vantagem de, nesse interim, não gerar emissões de poluentes.

Etanol e carros elétricos: resultados

A montadora Nissan foi a primeira grande empresa a apostar na metodologia.

Em síntese, seu protótipo roda por até 600km. Seu tanque tem capacidade para 30 litros de etanol.

Em suma, estamos falando de um consumo 50% menor que o modelo flex mais econômico. Falando, claro, dos que estão à disposição do consumidor brasileiro.

Além disso, carro elétrico com etanol dispensa o uso de grandes baterias. E elas representam, atualmente, 40% do custo dos modelos híbridos em circulação.

No Brasil, essas pesquisas são concentradas até agora na Unicamp (Universidade de Campinas).

A Bosch tem um projeto global de investimentos nessa tecnologia. Essas pesquisas devem ocorrer entre 2021 e 2024.

Protagonismo

Como se sabe, o Brasil foi pioneiro na utilização de biocombustíveis.

Primeiramente com os carros a álcool.

Na sequência, colocamos no mercado os veículos flex.

Um motor que funciona com dois combustíveis diferentes. Ou, até mesmo, com uma mistura entre os dois.

O avanço das pesquisas com células de hidrogênio pode nos dar a condição de protagonista. Mais uma vez!

Nesse sentido, o desenvolvimento dos carros elétricos não é um risco para setor sucroenergético.

Definitivamente, estamos falando de uma oportunidade.

De reduzir, ainda mais, o consumo de combustíveis fósseis.

De ampliar o mercado para exportação do Etanol.

E de ganhar terreno na produção de insumos tecnológicos.

As pesquisas seguem a plano vapor e devem ganhar impulso.

Cada vez mais países buscam alternativas para reduzir a poluição atmosférica.

Enquanto alguns começam pela simples adição de biocombustível, nós estamos na frente.

Em conclusão, o mercado espera avidamente por uma solução.

Sob o mesmo ponto de vista, ela pode sair daqui. Dos nossos laboratórios e dos nossos canaviais.

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